segunda-feira, 24 de maio de 2010

... e viveram felizes para sempre!!!



As histórias da Alice chegam ao fim…
Estas histórias...

Ficou muito mais por escrever e descobrir
Tu que agora começas
dificilmente caberás e acabarás nos limites temporais deste espaço de formas e gestos breves

O último desafio que te lanço
é que atravesses as portas que te levam à descoberta da tua individualidade
e te dês a conhecer nas diferenças que te afirmam como ser criativo…

sexta-feira, 19 de março de 2010

Por onde caminhas?

Nesse exacto momento, a Alice teve uma sensação muito estranha que a deixou muito embaraçada até que descobrisse do que se tratava… estava a começar a crescer outra vez.
Ao princípio quis levantar-se e deixar o tribunal, mas, refletindo melhor, decidiu permanecer onde estava, pelo menos enquanto houvesse espaço suficiente.
“Gostaria que não me empurrasses tanto”, disse o rato dorminhoco que estava sentado ao lado dela - “Mal posso respirar.”
“Não posso fazer nada”, disse a Alice docemente: “Estou crescendo.”
“Não tens o direito de crescer aqui”, disse o rato dorminhoco.
“Não digas asneiras”, disse Alice com mais firmeza: “Tu sabes que também estás crescendo.”
“Sim, mas eu cresço em um ritmo razoável”, afirmou o rato dorminhoco - “não desse modo ridículo.”
Dizendo isto, levantou-se indignado e foi para o outro lado do tribunal.

in "Alice no País das Maravilhas" de Lewis Carrol



A vida é feita de lugares por onde caminhamos e onde nos é oferecida a oportunidade de crescer…
Olhando para os lugares do teu crescimento, diz-me…
por onde caminhas?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O mundo das ilusões


Havia uma mesa posta em frente da casa, sob uma árvore em que a Lebre de Março e o Chapeleiro tomavam chá. Um Dormidongo estava sentado entre eles, profundamente adormecido, enquanto os outros dois o usavam como almofada, apoiando nele o cotovelo e falando por cima de sua cabeça.
“Muito desconfortável para o Dormidongo” - pensou a Alice - “pelo
menos, como ele está dormindo, acho que não se importa.”
A mesa era bem grande, mas os três estavam amontoados no mesmo canto.
“Não há lugar! Não há lugar!” - gritaram ao ver a Alice aproximar-se.
“Há lugares... até demais!” - disse a Alice indignada, sentando-se numa grande poltrona numa das
cabeceiras da mesa.
“Tome um pouco de vinho” - disse a Lebre de Março num tom muito amigável.
A Alice olhou para a mesa e... não havia nada senão chá.
“Não vejo vinho nenhum” - observou ela.
“Não há mesmo” - disse a Lebre de Março.
“Então não foi nada educado da sua parte oferecê-lo” - disse a Alice, zangada.
“Também não foi educado da sua parte sentar-se sem ser convidada” - reagiu a Lebre de Março.
“Eu não sabia que a mesa era sua” - disse a Alice - “está posta para muito mais que três pessoas.”

in "Alice no País das Maravilhas", Lewis Carrol



A distância entre o que vemos e ouvimos e o que julgamos entender é por vezes muito grande...

O mundo, a vida, é feita de ilusões, de imagens projectadas, em que cada um procura mostrar (ou esconder) de si, ou do mundo, o que mais lhe convém, recorrendo aos gestos, palavras e acessórios que servem para induzir a referida ilusão.
É um poder que o ser humano tem e que reside no seu centro de força interior, na sua inteligência, na sua sensibilidade, na sua capacidade de estar atento ao que o rodeia, na sua criatividade...
O desafio que te coloco é que desças a esse lugar que é o centro de ti mesmo, te encontres com esse poder único que só tu tens de transformar o mundo, faças a descoberta do gozo que sentes em fazer uso desse poder... e decidas que ilusão é que queres criar, que imagem queres projectar...